Daniel - Capítulo 7
Neste capítulo, Daniel descreve a visão que teve de quatro animais e os eventos relacionados a eles até o momento em que o reino de Deus dominará sobre a Terra. Trata-se do mesmo tema apresentado no capítulo 2, quatro reinos, porém, com detalhes diferentes. Por meio de detalhes nas visões dos animais, a profecia começa a revelar algumas características específicas de cada um dos povos pertencentes aos reinos apresentados através da estátua. Para não corrermos o risco de chegarmos a uma falsa conclusão, temos que ser exigentes com relação aos detalhes; apesar de que algumas informações sobre o reino representado pelo primeiro animal se perderam ao longo da história, outras estão muito bem registradas, o que torna a compreensão da visão clara.
Algo importante a ser observado na descrição dos animais é o fato de que as características deles não são expostas de forma aleatória, mas sim é feita uma descrição em ordem lógica. Primeiro, há a descrição do que simboliza o início daquele reino ou o que levou aquele povo ao poder; em seguida, alguma característica marcante de como seu reino se desenvolveu na sua primeira metade; após isso, há a descrição de alguma característica marcante de como seu reino se desenvolveu na sua segunda metade, e, por fim, algo que antecede ou causa o seu fim.
Aqui, o anticristo é citado pela primeira vez; também são expostos detalhes de como se dará a volta de Jesus e a instalação do Reino de Deus sobre o mundo.
Versículos 1 ao 3
“1No primeiro ano do reinado de Belsazar, rei da Babilônia, Daniel teve um sonho, e visões passaram diante de seus olhos, quando ele estava deitado em sua cama. Logo depois ele escreveu o sonho, fazendo um resumo de todas as coisas. 2Daniel disse:
— Eu estava olhando, durante a minha visão da noite, e eis que os quatro ventos do céu agitavam o grande mar. 3Quatro animais, grandes, diferentes uns dos outros, subiam do mar.”
O capítulo inicia dizendo o período de tempo em que Daniel teve a visão, no primeiro ano do reinado de Belsazar, rei da Babilônia. O fato importante a se observar aqui é que os animais surgem do grande mar; há um paralelo com o Apocalipse e a besta de 7 cabeças que surge do mar. O termo “4 ventos do céu agitando o grande mar” indica que os animais surgiriam durante guerras, revoluções ou grandes agitações sociais, e que esses eventos são direcionados por Deus.
Primeiro animal - Daniel 7:4 – “O primeiro era como um leão e tinha asas de águia. Enquanto eu olhava, as suas asas foram arrancadas, ele foi levantado da terra e posto em pé, para que andasse como homem; e foi dada a ele uma mente humana.”
Algo que dispensa muitos comentários é o fato de que o primeiro animal representa a Babilônia; o que precisamos fazer aqui é usar o que sabemos sobre a história da Babilônia para entendermos os detalhes dados na descrição do animal, isso servirá de modelo para os animais seguintes.
A Babilônia é comparada ao leão pelo fato de o leão ser o rei dos animais, assim como ela é comparada à cabeça de ouro da estátua, a mais nobre dos reinos.
As asas de uma ave são o que a levam a voar. O que nós sabemos sobre a história da Babilônia é que o que a levou ao grande poder foi a benção dada por Deus ao rei Nabucodonosor. Então, nesse caso, podemos entender que as asas de águia representam isso, a benção de Deus dada ao rei Nabucodonosor.
O fato de as asas serem arrancadas e o animal ser posto em pé para andar como homem indica o fato de que após o reinado de Nabucodonosor essa benção foi retirada pois, após Nabucodonosor, segundo a Bíblia, nenhum outro rei sobre a Babilônia recebeu a graça de Deus.
A mente humana parece representar o motivo, ou simplesmente o fato, que antecede a queda do império babilônico. A última ação de um rei babilônico, praticada na noite da queda do império, foi o fato de o rei Belsazar usar os utensílios do templo de Deus para beber neles e honrar outros deuses, o que é uma ação humana desrespeitando Deus.
Segundo animal - Daniel 7:5 – “A seguir, apareceu o segundo animal, semelhante a um urso, o qual se levantou sobre um dos seus lados. Na boca, entre os dentes, trazia três costelas. E lhe diziam: “Levante-se e devore muita carne.””
É um fato histórico e bíblico que após o reinado da Babilônia quem dominou por um período de tempo foi o império Medo-Persa, um império formado por dois povos que compartilhavam a mesma cultura, religião e até as suas leis. Algumas informações que esclarecem a descrição do animal são encontradas dentro do próprio livro de Daniel. Sobre as descrições, podemos concluir o seguinte:
O fato de o animal ser semelhante a um urso pode dizer muita coisa, mas o que temos que observar aqui é que isso indica um padrão de comportamento comum aos dois povos pertencentes ao mesmo reino, ou seja: apesar de serem povos diferentes, os dois possuem filosofias, cultura e forma de reinar parecidas.
“o qual se levantou sobre um dos seus lados” – Podemos ligar perfeitamente o fato de o urso se levantar sobre um lado à história de como ocorreu o desenvolvimento do império em sua parte inicial. Os primeiros a reinar sobre o império babilônico foram os Medos, que em seguida foram superados pelos Persas. E os Persas foram mais fortes que os Medos, ou seja: um lado do império se tornou mais forte.
“Na boca, entre os dentes, trazia três costelas.” – O fato simbolizado pelo animal ter 3 costelas entre os dentes também tem ligação com a história do desenvolvimento do império em sua parte final. Além dos registros históricos, isso está explicado no capítulo 11, versículo 2, quando o anjo do Senhor diz a Daniel que “três reis ainda se levantariam sobre a Pérsia e que o quarto seria muito mais rico que todos”; isso indica o significado das 3 costelas entre os dentes: o quarto rei possuiria as riquezas e superaria, a fama, o poder e o nome dos 3 reis anteriores;
“Levante-se e devore muita carne” – Esse foi o fato que trouxe a queda do império medo-persa, devorar muita carne simboliza as matanças das lutas contra a Grécia que eles mesmos buscaram, fato também descrito em Daniel 11:2.
Como foi dito anteriormente, o que podemos observar até aqui é que a descrição dos animais segue uma sequência lógica e todos os seus detalhes podem e devem ser perfeitamente ligados a fatos históricos.
Terceiro animal - Daniel 7:6 – “Depois disto, continuei olhando, e eis que apareceu outro animal, semelhante a um leopardo. Tinha nas costas quatro asas de ave. Este animal tinha também quatro cabeças, e foi-lhe dado domínio.”
Seguindo a linha de interpretação usada na visão da estátua, onde identificamos os gregos e romanos como o mesmo elemento, ventre e quadris de bronze, devemos buscar na história destes povos fatos que se encaixem perfeitamente à descrição do terceiro animal. O próprio livro de Daniel nos dá informações sobre o terceiro animal, mas para informações detalhadas sobre o significado das 4 asas e das 4 cabeças, precisamos consultar os registros da história. Seguindo essa linha de interpretação, conseguimos chegar as seguintes conclusões:
Como no caso anterior, o que precisamos entender novamente é que o leopardo indica um padrão de comportamento comum aos dois povos pertencentes ao mesmo reino, ou seja, a filosofia, a cultura e a forma de reinar parecidas.
“Tinha nas costas quatro asas de ave.” – Seguindo a linha de interpretação usada nos animais anteriores, podemos chegar à conclusão de que as quatro asas do animal simbolizam algo que está ligado ao início da sua história e levou esse império ao poder. É importante observar que a visão destaca o fato de que as asas estão nas costas do animal, e há um fato histórico que se encaixa perfeitamente aqui, e que deixa o significado disso claro: a ascensão do império grego, sob o comando de Alexandre Magno, se deveu principalmente à genialidade em batalha de 4 de seus generais. Ou seja, as quatro asas nas costas do animal representam os quatro generais por trás do sucesso de Alexandre Magno.
“Este animal tinha também quatro cabeças” – Seguindo o exemplo dos animais anteriores, as quatro cabeças também têm que ter ligação com o desenvolvimento da história do império, mas em sua parte final. As quatro cabeças se encaixam perfeitamente à história do império quando este já estava sob domínio do povo romano. Quando o império romano atingiu o auge do seu poder, no final do século 3, o imperador Diocleciano dividiu o comando do império entre quatro imperadores, dois Augustus e dois Césares.
“e foi-lhe dado domínio” – O fato de ser dado domínio ao animal pode ser perfeitamente ligado à continuação da história do império romano, o fato que antecedeu o seu fim. Durante a idade média, após a divisão do império entre quatro governantes, o império romano foi invadido e deu origem aos impérios Bizantino, Francos, Germânicos, entre outros. Todos estes impérios tinham fortes vínculos com Roma e adotaram a sua religião, cultura e política e, por consequência, a forma de reinar. Esses impérios, na verdade, foram a continuação do império greco-romano, e, em certo ponto da história, entre os séculos 15 e 18, dominaram o mundo todo através da colonização e da forte influência que exerciam sobre outros povos, e isso pode ser ligado perfeitamente o fato de ser dado domínio ao terceiro animal. Essa forma de interpretação será reforçada e validada no capítulo 11, versículo 4, onde é explicado que o reino seria arrancado e passaria a outros, ou seja, mesmo dividido ainda seria considerado o mesmo reino, ali isso pode ser entendido claramente.
Essa é a forma correta de interpretar a descrição dos animais, temos que levar em consideração todos os detalhes da visão e tudo tem que ter uma explicação lógica, encontrada na Bíblia ou nos livros de história. É essa a interpretação que torna possível a compreensão correta de toda a mensagem do livro de Daniel e de importantes mensagens do livro do Apocalipse.
Quarto animal - Daniel 7:7-8 - “Depois disto, eu continuava olhando nas visões da noite, e apareceu o quarto animal, terrível, espantoso e muito forte. Tinha grandes dentes de ferro. Ele devorava, fazia em pedaços e pisava com os pés o que sobrava. Era diferente de todos os animais que apareceram antes dele e tinha dez chifres.
Enquanto eu observava os chifres, eis que entre eles subiu outro chifre, pequeno, diante do qual três dos primeiros chifres foram arrancados. E eis que neste chifre havia olhos, como olhos de ser humano, e uma boca que falava com arrogância.”
Ao observarmos os animais anteriores, foi possível concluir que cada animal representa uma forma de reinar, cada um deles representa um conjunto de características que definem os padrões de comportamento daqueles povos e, por consequência, dos seus governantes. O quarto animal representa a mesma coisa, uma quarta forma de reinar; após o término do domínio dado ao terceiro animal, o que se instalou foi um sistema de governo que tomou conta do mundo, mas de forma bem diferente das anteriores. O atual sistema de governo que predomina é a Democracia Representativa, o governo dado ao povo, onde o povo deixou de ser formado por súditos e passou a ser formado por cidadãos, este também é um sistema de governo fortalecido pelo capitalismo e pela industrialização. Observe que com os grandes dentes de ferro o animal devora, e é justamente através da industrialização, que só é possível devido ao ferro, que a humanidade está destruindo o mundo. Há muitas características que tornam fácil ligar o quarto animal ao atual sistema de governo. Vejamos:
“[...] terrível, espantoso e muito forte.” – Não há como negar que o atual sistema de governo é o mais poderoso e supera todos os anteriores, tanto militarmente como economicamente. O sistema de governo que se desenvolveu ao longo dos séculos 19 e 20 é o mais poderoso de toda a história da humanidade. Nós somos cegos aos detalhes por estarmos inseridos no meio de todo esse contexto mundial, mas o mundo que conhecemos causaria espanto a qualquer pessoa de 200 anos atrás.
“[...]Tinha grandes dentes de ferro. Ele devorava, fazia em pedaços e pisava com os pés o que sobrava.” – A descrição dos grandes dentes de ferro não acontece à toa; há um fato que não pode ser tratado como uma simples coincidência: o grande poder do atual sistema de governo se deve a um elemento, o ferro. Com o ferro, o homem está devorando o mundo, com as suas máquinas, está destruindo tudo. Com o ferro são feitos desde pequenas ferramentas a enormes navios de guerra; tudo depende do ferro, isso explica os dentes de ferro.
“[..] Era diferente de todos os animais que apareceram antes dele e tinha dez chifres. – Como foi dito anteriormente, o atual sistema de governo é diferente de todos os outros que já existiram; o mundo está diferente de como foi ao longo de toda a história. Assim como os dois animais anteriores representam dois povos, em dois tempos diferentes, esse animal também representa dois momentos diferentes. Os dez chifres são a representação de uma nova divisão mundial que ainda surgirá. Assim como na estátua há as pernas de ferro e os pés de ferro com barro, duas divisões para o mesmo elemento e, assim como na estátua são destacados os dez dedos, aqui também é destacado o fato de o animal possuir dez chifres; são a mesma coisa. Hoje, em 2024, ainda aguardamos a nova divisão mundial que surgirá revelando quem serão os dez chifres.
“Enquanto eu observava os chifres, eis que entre eles subiu outro chifre, pequeno, diante do qual três dos primeiros chifres foram arrancados. E eis que neste chifre havia olhos, como olhos de ser humano, e uma boca que falava com arrogância.” – Ficará claro, no capítulo 11, que o chifre pequeno é a representação do próprio anticristo. O fato de o chifre pequeno arrancar três dos dez primeiros chifres indica que, haverá guerras entre o rei representado pelo chifre pequeno e outros três reis, guerras nas quais os três serão derrotados, fato que está melhor indicado no capítulo 11 e no livro de Apocalipse. Também no capítulo 11, é possível compreender quem são os três reis e, está explicado o significado dos olhos humanos e da boca que fala com arrogância.
Versículos 9 ao 14
“9“Continuei olhando, até que foram postos uns tronos, e o Ancião de Dias se assentou. Sua roupa era branca como a neve, e os cabelos da cabeça eram como a lã pura. O seu trono eram chamas de fogo, e as rodas do trono eram fogo ardente. 10Um rio de fogo manava e saía de diante dele. Milhares de milhares o serviam, e milhões de milhões estavam diante dele. Foi instalada a sessão do tribunal e foram abertos os livros.”
11Continuei olhando, por causa do som das palavras arrogantes que o chifre proferia. Fiquei olhando e vi que o animal foi morto, e o seu corpo foi destruído e entregue para ser queimado. 12Quanto aos outros animais, foi-lhes tirado o domínio, mas foi-lhes dada prolongação de vida por um prazo e um tempo.
13“Eu estava olhando nas minhas visões da noite. E eis que vinha com as nuvens do céu alguém como um filho do homem. Ele se dirigiu ao Ancião de Dias, e o fizeram chegar até ele. 14Foi-lhe dado o domínio, a glória e o reino, para que as pessoas de todos os povos, nações e línguas o servissem. O seu domínio é domínio eterno, que não passará, e o seu reino jamais será destruído.””
Daniel tem a visão de tronos sendo colocados e Deus se assentando; vê o quarto animal ser morto e ter seu corpo destruído e Jesus recebendo o reino; isso nos mostra uma sequência de eventos. Durante o período de tempo do reinado do quarto animal, Deus julgará os reinos do mundo, trará a destruição do atual sistema de governo e entregará o reino da terra a Jesus. Os outros animais terão a sua vida prolongada; esse trecho se completa com Apocalipse capítulo 20: aqui o “milênio” é citado como a prolongação da vida dos outros animais por um prazo e um tempo; são dois períodos distintos: o milênio e o tempo que Satanás terá para enganar as nações novamente.
Ao observarmos que a vida dos animais é prolongada por um prazo e um tempo e a pedra atinge a estátua nos pés e cresce até se tornar uma grande montanha e ocupar a terra toda, é possível entender, com clareza, que o reino de Jesus inicialmente será sobre os povos da terra; fato que ficará mais evidenciado no versículo 27.
Versículos 15 a 18
“15Eu, Daniel, fiquei alarmado, e as visões que passaram diante dos meus olhos me perturbaram. 16Então me dirigi a um dos que estavam ali perto e lhe pedi a verdade a respeito de tudo isso. Ele falou comigo e me fez saber a interpretação das coisas: 17“Estes grandes animais, que são quatro, são quatro reis que se levantarão da terra. 18Mas os santos do Altíssimo receberão o reino e o possuirão para todo o sempre, de eternidade a eternidade.””
Nesse trecho, é explicado para Daniel que os quatro animais simbolizam quatro reis. O que precisamos entender aqui é que um rei simboliza um império e, tomando o exemplo do império medo-persa, e tudo que foi visto anteriormente, o mesmo império pode ser representado por mais de um povo, ou por períodos de tempo diferentes. Com isso em mente, teremos a seguinte divisão:
Cabeça de Ouro
Primeiro Animal
Babilônia
Peito e braços de prata
Segundo Animal
Média e Pérsia
Ventre e Quadril de Bronze
Terceiro Animal
Grécia e Roma
Pernas de Ferro e
Pés de Ferro com Barro
Quarto Animal
Governo atual, a Democracia.
E uma nova divisão mundial que ainda se revelará.
Versículos 19 a 22
“19Então tive desejo de conhecer a verdade a respeito do quarto animal, que era diferente de todos os outros, muito terrível, cujos dentes eram de ferro, cujas garras eram de bronze, que devorava, fazia em pedaços e pisava com os pés o que sobrava. 20Também quis saber a respeito dos dez chifres que ele tinha na cabeça e do outro chifre que subiu, diante do qual caíram três chifres, ou seja, aquele chifre que tinha olhos e uma boca que falava com arrogância e que parecia mais forte do que os outros chifres. 21Enquanto eu olhava, eis que esse chifre fazia guerra contra os santos e estava vencendo. 22Até que veio o Ancião de Dias e fez justiça aos santos do Altíssimo. E veio o tempo em que os santos possuíram o reino.”
Novamente, Daniel, fala do quarto animal, de como ele era diferente e muito terrível, cujos dentes eram de ferro, e as garras eram de bronze; é dito que ele devorava, fazia em pedaços e pisava o que sobrava. Como foi dito anteriormente, o quarto animal representa um quarto sistema de governo que dominaria, sistema esse que atualmente está instalado no mundo.
Como foi dito anteriormente, o grande poder do governo atual é devido a um item: o ferro; isso explica o simbolismo dos dentes de ferro. Sem o ferro, não haveria as indústrias, as grandes cidades, as máquinas agrícolas, os grandes navios, locomotivas, caminhões, aviões, veículos e também não haveria o terrível poder militar dos dias atuais. Aqui é inserido um detalhe novo a respeito do quarto animal, as suas garras de bronze, esse detalhe não acrescenta muito no que se refere à interpretação da profecia, mas pode ser facilmente compreendido seguindo uma linha de raciocínio lógica e serve para provar a precisão das profecias. As garras são o que um animal usa para agarrar uma presa; este atual sistema de governo está destruindo o mundo através dos países ricos, que são os países que têm origens no reinado anterior, o terceiro animal, ou a parte da estátua feita de bronze.
Versículos 23 a 28
“23Então ele disse:
“O quarto animal será um quarto reino na terra, que será diferente de todos os outros reinos. Ele devorará toda a terra, e a pisará com os pés, e a fará em pedaços. 24Os dez chifres correspondem a dez reis que se levantarão daquele reino. Depois deles, se levantará outro rei, que será diferente dos primeiros, e derrotará três reis. 25Ele falará contra o Altíssimo, oprimirá os santos do Altíssimo e tentará mudar os tempos e a lei; e os santos serão entregues nas mãos dele por um tempo, tempos e metade de um tempo. 26Mas, depois, será instalada a sessão do tribunal para lhe tirar o domínio, para o destruir e o consumir até o fim. 27O reino, o domínio e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo. O seu reino será um reino eterno e todos os domínios o servirão e lhe obedecerão.”
28 Aqui termina a explicação. Quanto a mim, Daniel, os meus pensamentos muito me perturbaram, e o meu rosto se empalideceu. Mas guardei estas coisas em meu coração.”
A explicação dada sobre as características do quarto animal reforçam o que vimos antes; o fato de ser um reino diferente já foi bem comentado. O fato de esse reino fazer a terra em pedaços pode ser entendido como a grande destruição causada à natureza para que seja possível manter o estilo de vida consumista do capitalismo, ou alguma grande guerra que acontecerá; hoje existem armas com essa capacidade, e veremos à frente que grandes guerras estão determinadas paras os dias desse reino.
Também é dito que deste reino se levantarão 10 reis, o que ainda não ocorreu, mas o atual cenário mundial está se preparando para isso, fato que ficará claro no capítulo 11. Pelas ações descritas aqui, fica claro que o chifre pequeno é o anticristo; também fica claro que ele só poderá surgir quando se revelarem os dez chifres, isso é dito claramente aqui. Este capítulo nos diz exatamente quais serão as ações do anticristo, em que momento ele surgirá e por quanto tempo ele atuará contra todo aquele que não aceitar as suas blasfêmias contra Deus. Daqui em diante, ficará mais claro que o principal objetivo das profecias de Daniel é dizer aos servos de Deus quando surgirá, e quem é o anticristo. A forma como ele é descrito a seguir tem que ser bem estudada, pois não pode deixar espaço para dúvidas. Suas características e ações estão descritas em mais detalhes em Daniel 8:9-12, 9:26-27 e 11:21-45.
Tudo isso termina com os reinos debaixo de todo o céu sendo entregues aos santos do Altíssimo; isso representa o milênio, e é dito claramente aqui que esse será um reino terreno.
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