Apocalipse Capítulo 17 - A grande prostituta e a besta

“Um dos sete anjos que tinham as sete taças veio e falou comigo, dizendo:

— Venha! Vou lhe mostrar o julgamento da grande prostituta que está sentada sobre muitas águas. Os reis da terra se prostituíram com ela, e os que habitam na terra se embriagaram com o vinho da sua prostituição.

O anjo me transportou, no Espírito, a um deserto, e vi uma mulher montada numa besta escarlate, besta repleta de nomes de blasfêmia, com sete cabeças e dez chifres. A mulher estava vestida de púrpura e de escarlate, enfeitada com ouro, pedras preciosas e pérolas, tendo na mão um cálice de ouro transbordante de abominações e das imundícias da sua prostituição. Na sua testa estava escrito um nome, um mistério: "Babilônia, a Grande, a Mãe das Prostitutas e das Abominações da Terra".”

A grande prostitua tem um nome escrito na testa:  “Babilônia, a Grande...”.  Como foi visto anteriormente, no capítulo 13,  uma  das  cabeças da besta de sete cabeças foi ferida a espada e sobreviveu, a cabeça que representa a Babilônia; ela ressurgiu como a Grande Babilônia. Essa simbologia é utilizada para nos mostrar que surgiria um poder que seria semelhante a antiga Babilônia. Se pesquisarmos um pouco, é possível concluir que a antiga Babilônia foi um reino extremamente rico e influente, um reino idólatra e ligado à prática de feitiçarias, e foi o reino que fez o povo de Israel refém por 70 anos. A Grande Babilônia tem todas as características anteriores; ficará claro no que é exposto a seguir que a grande prostituta, a Grande Babilônia, são os Estados Unidos. Temos um exemplo prático de como Isto pode ser entendido, dentro do próprio livro de Apocalipse: no capítulo 11, é dito que os cadáveres das duas testemunhas ficarão estirados na praça da grande cidade que, espiritualmente, se chama Sodoma e Egito, onde também o seu Senhor foi crucificado; sabemos que esses eventos ocorreram na França, e é possível entender Sodoma e Egito como países idolatras e desobedientes; crucificar a Jesus é o mesmo que negá-lo. Tudo isso ocorreu durante o desenvolvimento do iluminismo e da Revolução Francesa. Seguindo esse exemplo, podemos dizer que os Estados Unidos representam o espírito da Babilônia, a cabeça de ouro, o reino mais glorioso do mundo, também onde os israelenses foram feitos cativos por setenta anos.

Aceitemos ou não, mas, de acordo com o que vimos até agora, podemos entender que somos todos cativos da Grande Babilônia, cativos da sua imagem, da sua marca e de tudo que isso representa; somos cativos das suas prostituições e abominações. O mundo é cativo do estilo de vida criado e imposto pelos americanos e todos estão embriagados, enganados ou confundidos pelo luxo e pelos prazeres deste estilo de vida.

O fato de a mulher estar assentada sobre “muitas águas” indica que de alguma forma ela dominaria sobre muitos povos; ela também está montada sobre a besta: é exatamente o que acontece hoje, os Estados Unidos é o país mais poderoso de toda a história da humanidade e domina sobre os reinos da terra.

O cálice transbordante das  prostituições  representa  a  imagem e a marca da besta e tudo o que os Estados Unidos pregaram ao mundo através delas.  O  mundo  bebeu deste cálice e os governantes da terra se corromperam devido aos encantos da grande prostituta. Como já foi dito, somos reféns de todo um estilo de vida criado nos Estados Unidos, mas, devido ao nosso pecado, à dureza do nosso coração e ao fato de estarmos inseridos no meio de todo esse contexto pecaminoso, temos dificuldade de ver e perceber isso, e mesmo aquele que percebe dificilmente aceita isso ou tem uma forma de mudar a própria situação. A forma como nos alimentamos, a forma como nos divertimos, a forma como passamos nosso tempo nos distraindo, o que desejamos, a ostentação que há no mundo de hoje, as pornografias, os vícios destrutivos no celular e na televisão, até mesmo muitas falsas doutrinas cristãs; tudo isso foi criado nos Estados Unidos e nos afastam da verdade e da vontade de Deus.

“Então vi a mulher embriagada com o sangue dos santos e com o sangue das testemunhas de Jesus. E, quando a vi, admirei-me com grande espanto.

O anjo, porém, me disse:

— Por que você ficou admirado? Vou lhe explicar o mistério da mulher e da besta que tem as sete cabeças e os dez chifres e que leva a mulher: a besta que você viu era e não é mais, e está para emergir do abismo, e caminha para a destruição. E aqueles que habitam sobre a terra, cujos nomes não foram escritos no Livro da Vida desde a fundação do mundo, se admirarão, vendo a besta que era e não é mais, mas tornará a aparecer.

— Aqui está a mente que tem sabedoria: as sete cabeças são sete montes, nos quais a mulher está sentada. São também sete reis, dos quais cinco caíram, um existe e o outro ainda não chegou; e, quando chegar, tem de durar pouco tempo. E a besta, que era e não é mais, é também o oitavo rei, mas faz parte dos sete, e caminha para a destruição.”

A besta que era e não é mais representa o próprio Satanás; é dito que ele está para subir do abismo, ou seja, nesse ponto, durante o cumprimento dos sete flagelos, ele ainda não se manifestou ao mundo, e quando se manifestar causará grande admiração aqueles que não pertencem a Deus; ele será representado pelo anticristo, o homem da iniquidade. Como foi dito anteriormente, a besta de sete cabeças simboliza os mesmos reinos das profecias do livro de Daniel:

Cabeça de Ouro

Primeiro Animal

Babilônia

Peito e braços / Prata

Segundo Animal

Média e Pérsia

Ventre e Quadril de Bronze

Terceiro Animal

Grécia e Roma

Pernas de Ferro e

Pés de Ferro com Barro

Quarto Animal

Governo atual, a Democracia.

E uma nova divisão mundial que ainda se revelará.

uma cabeça

duas cabeças

duas cabeças

duas cabeças

Por isso é dito que as sete cabeças são sete montes (sete países ou sete impérios), ou sete reis, dos quais cinco caíram, um existe e outro ainda não chegou. Isso confirma exatamente o que nos mostra o livro de Daniel: já passamos pelo domínio dos impérios da Babilônia, Média, Pérsia, Grécia e Roma, os cinco que já caíram. Estamos passando agora pelo império do rei que existe, o sexto rei, uma forma de governo que conhecemos como democracia, que é o governo dado ao povo. Temos que prestar atenção aos detalhes: isso é dito a João no momento em que estão se cumprindo os sete flagelos, ou seja, os sete flagelos se cumprem no momento do poder do sexto rei, o rei que é, o que reforça o fato de que ainda haverá uma nova divisão mundial, o sétimo rei, o rei que ainda não chegou. Isso é confirmado pelo anjo em sua fala seguinte:

Total:

7 cabeças

“Os dez chifres que você viu são dez reis, que ainda não receberam reino, mas recebem autoridade como reis, com a besta, durante uma hora. Estes têm um mesmo propósito e oferecem à besta o poder e a autoridade que possuem.”

Como vimos anteriormente, os dez chifres representam uma nova divisão mundial, um novo sistema de governo que durará uma hora, ou seja, durará pouco tempo. Tudo se encaixa perfeitamente: são os dez chifres que entregarão o seu poder ao anticristo, o representante de Satanás, a besta que também é o oitavo rei. Serão eles que perseguirão o povo santo e se levantarão até contra o Príncipe do exército dos céus, como descrito em Daniel.

“O anjo disse ainda:

— As águas que você viu, onde a prostituta está sentada, são povos, multidões, nações e línguas. Os dez chifres que você viu e a besta, esses odiarão a prostituta. Eles a deixarão devastada e nua, comerão as carnes dela, e a queimarão no fogo. Porque Deus incutiu no coração deles que realizem o seu propósito, executem-no de comum acordo e deem à besta o reino que possuem, até que se cumpram as palavras de Deus.

— A mulher que você viu é a grande cidade que domina sobre os reis da terra.”

Confirmando o que foi dito anteriormente,  as águas sobre as quais a prostituta está sentada representam muitos povos,  nações e línguas,  ou seja,  a prostituta  domina sobre muitos povos; isso é exatamente o que acontece hoje: os Estados Unidos domina sobre o mundo. Esse domínio não é exercido somente com violência, mas através da sua influência e da sua grande economia, ou seja: através das suas prostituições.

Sabemos que,  segundo  o  livro  de  Daniel  e  o  evento  do  quinto  flagelo,  em  breve  a  prostituta  sofrerá uma grande derrota militar, ou seja, os Estados Unidos serão derrotados em uma guerra. Mas isso não será o seu fim, pois o que é descrito aqui é que Deus, após a nova divisão mundial, colocará nos corações dos governantes da terra entregarem o seu reino à besta, e estes, juntos, irão destruir totalmente a grande Babilônia, conforme escrito em Jeremias 50 e 51, Daniel 11:24, e em outros profetas.

Daniel, capítulo 7, versículos 7 e 8, nos descreve um animal que possuía dez chifres; também é descrito que três desses dez chifres seriam arrancados ao surgir um chifre pequeno; essa profecia se explica aqui. Sabemos que os chifres representam dez reis que farão parte da nova divisão mundial; também sabemos que o chifre pequeno representa o anticristo. Um dos eventos descritos no sétimo flagelo é o fato de que a grande cidade será dividida em três, ou seja, três dos dez chifres serão os Estados Unidos dividido, e aqui é dito que o anticristo destruirá a grande cidade. Através disso, é possível compreender quais serão os três chifres arrancados do quarto animal quando surge o chifre pequeno.

O capítulo termina confirmando que a grande prostituta é uma grande cidade que domina sobre os reis da terra, ou seja, um grande país, que dominará sobre os reis da terra. Não há como ser mais claro e direto que isso. Mesmo assim, Jesus, sabendo da possibilidade de distorcerem as suas palavras, dedicou o próximo capítulo para nos mostrar e provar quem é a Grande Babilônia, destacando muitas de suas características e fatos que só podem ser ligados a um grande, e muito rico, país.